Materiais esportivos na Copa do Mundo 2014

Os fornecedores esportivos brigam por cada time, seleção para estamparem a sua marca nos uniformes e conseguirem visibilidade. Nada melhor do que marcar presença em um dos eventos mais importantes e midiáticos. Então vamos conferir como ficou a distribuição das 32 seleções de acordo com o patrocínio esportivo.

Adidas (alemã): Alemanha (campeã), Argentina (campeã), Bósnia e Herzegovina, Colômbia, Espanha (campeã), Japão, México, Nigéria e Rússia
Burrda (suíça): Bélgica
Joma (espanhola): Honduras
Lotto (iatliana): Costa Rica
Marathon (equatoriana): Equador
Nike (americana): Austrália, Brasil (campeã), Coréia do Sul, Croácia, Estados Unidos, França (campeã), Grécia, Holanda, Inglaterra (campeã) e Portugal
Puma (alemã): Argélia, Camarões, Chile, Costa do Marfim, Gana, Itália (campeã), Suíça e Uruguai (campeão)
Uhlsport (alemã): Irã

As marcas não necessariamente patrocinavam as equipes nos anos em que foram campeões.

Curiosidades:
– A empresa italiana Legea chegou a apresentar o uniforme da Bósnia e Herzegovina para a Copa do Mundo, mas por problemas contratuais, a Adidas passou a patrocinar a seleção europeia.

– Ao contrário do que normalmente acontece nas Copas do Mundo, a inglesa Umbro infelizmente não patrocina nenhuma seleção. Em 1966, ela forneceu material para 15 das 16 seleções participantes.

Também é interessante ver como ficou a divisão por continentes.

Interessante notar que a Adidas é a única com representantes em todos os continentes, a Nike vence a batalha na Europa que é o continente com mais representantes na competição, e a Puma domina a África (origem de 4 das 8 seleções que ela patrocina no total).

Japão 1999

Em 1999, o Paraguai sediou a 39ª edição da Copa América. E por mais estranho que possa parecer, o Japão participou dela como convidado, assim como o México que é filiada à CONCACAF e não à CONMEBOL. A seleção nipônica terminou a competição como última do Grupo A, com derrotas para os donos da casa e o Peru, além de um empate com a Bolívia.

Esse uniforme era reserva, mas a Adidas usou o mesmo desenho para o titular, mudando apenas as cores. Onde é branco ganhava a cor azul escura, e onde é azul escuro, era usado em branco. Os detalhes nas mangas seguem pela parte frontal e a linha vermelha que vai até o final da peça ajuda a dar a sensação de que a camisa é mais longa do que é.

A ave que aparece no distintivo se chama Yatagarasu. É um corvo mitológico de três patas que teria aparecido para o primeiro imperador na linha de sucessão. O fundo do brasão é preenchido pelas cores vermelha e amarela, possivelmente para representar o Sol, que é onde o Yatagarasu mora. Em 2010, o amarelo do fundo deu lugar ao branco.

Duas características costumam marcar presença nas camisas nipônicas. A primeira é o nome do país escrito abaixo do distintivo, a segunda é a bandeira do país. Penso que esse dois elementos servem para identificar o país que está sendo representado, já que a camisa titular é azul. Cor que não está presente na bandeira nacional, assim pode confundir o público.

O detalhe em vermelho ajuda a destacar a gola. Sem o detalhe, ela ficaria mais sumida por apresentar baixo contraste com a camisa.

Liverpool 2008

Lançada em 2008, o uniforme titular do Liverpool foi usado por duas temporadas, até 2010. Provavelmente algum acordo entre o clube e o fornecedor de material esportivo previa que o uniforme principal valeria por duas temporadas, já isso aconteceu antes (06-08) e se repetiu depois (10-12). Mas as camisas 2 e 3 foram atualizadas anualmente.

A camisa é predominantemente vermelha e possui alguns detalhes em branco. Os patrocínios (Adidas e Calsberg) também são brancos. E por ser uma cor mais neutra, garante maior harmonia ao conjunto, não entrando em conflito com o vermelho.

A gola “V” branca, funciona como uma seta e nosso olhar tende a ser direcionado para baixo diretamente para o logo da Adidas. Isso somado ao tamanho do patrocínio master, faz com que o distintivo suma mais ainda, pois dentre os três elementos ele é o que tem menor área em branco. Assim, a primeira vista, a hierarquia criada com a Adidas mais no alto, e Calsberg maior, faz com que o distintivo do time seja o item menos chamativo.

Na gola, tanto interna como externamente, temos a imagem da ave, o Liver Bird que é um símbolo de Liverpool. Ele é um pássaro lendário e séculos atrás, teria sobrevoado o rio Mersey que corta a cidade. Na parte interna, ainda temos a frase “This is Anfield”, que seria “Isso é Anfield”, se referindo seu estádio.

O tecido da parte frontal não é totalmente liso. Ele apresenta uma variação, com pequenos furos que criam uma diferença na textura e proporciona um efeito de listras verticais.

Na lateral da camisa, sob as mangas, temos 29 marcas redondas e dois riscos curvilíneos em baixo relevo. Os riscos podem até lembrar as asas e o movimento do Liver Bird.

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Espanha 1998

A “Fúria” chegou à Copa do Mundo da França como uma das grandes favoritas ao título, contando com alguns ótimos jogadores como Raul, Hierro e Luis Enrique. Mas, com uma vitória, um empate e uma derrota, foi obrigada a voltar para casa ainda na primeira fase.

A camisa titular conta com o tradicional vermelho como cor principal e detalhes em amarelo e azul escuro. Ao contrário do que muitos possam imaginar, o bordado aplicado na altura do peito não é da federação de futebol, e sim do Brasão de Armas presente na bandeira nacional.

Bandeira da Espanha

Interessante notar que ao contrário da maioria das camisas da empresa alemã Adidas, as tradicionais listras não se encontram na parte superior da manga (ombro), mas sim na parte inferior. Como a cor dominante na camisa é o vermelho, temos a impressão de que as listras são as faixas azuis. Mas num segundo momento, podemos entender que o fundo é azul e as listras são vermelhas.

Encontramos o distintivo da Federação Espanhola de Futebol na etiqueta de autenticidade. Além disso, a sigla “FEF”, está presente no detalhe da gola “V”.

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